07 dezembro 2009

Por vezes não vivo, paro e assisto. Não como alguém que senta ao fim do dia para assistir a sua novela ou seriado mais sim, como o diretor de um filme. Assim pauso, vejo e revejo, dou o famoso “corta” volto um pouco a fita, reescrevo as cenas, até posso deletar e alterar completamente algumas. Pena que viver como diretora do meu próprio filme não dê sempre tão certo assim. É triste lembrar que viver nossa vida não é exatamente como dirigir seu próprio filme, embora ás vezes se pareça exatamente com isso. Viver é mais do que fazer aquilo que você deseja, é mais do que moldar tudo exatamente do jeito que você gostaria, é muito mais do que ter histórias incríveis para contar, embora isso seja sim muito importante. Viver é se arrepender, quebrar a cara, desejar mais do que tudo esquecer algo que te atormenta, adquirir traumas e medos, descobrir que existe muita ilusão, achar que vai dar certo e ver que não deu, sentir vergonha, se arrepender de suas ações, ter vontade de destruir o próprio passado, ter certeza que a única certeza é a incerteza sempre e perceber o quanto as pessoas mudam e também nos enganam.Viver é ter que desacreditar nos seus próprios sonhos, embora você tenha vontade de viver neles e talvez continue vivendo unicamente por eles.

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