01 abril 2011
Just a small town girl...
Mais um garoto da gigante população urbana. Era assim que se definia Felix. Não tinha nada especial que os garotos da sua escola não tivessem. Ia ao colégio, tirava notas na média, gostava de jogar vídeo game, ia em diversas festas. Em uma noite quente e esturricante, não conseguiu dormir e cansado dos eletrônicos, foi dar uma volta pela gigante avenida de seu edifício residencial. Ao fim da avenida avistou a plataforma de trem. Impulsionado por uma obstinação que ele jamais havia visto em si, comprou um bilhete e embarcou no trem da meia noite. Já estava tão longe que decidiu descer, e pegou o vagão do outro lado, que provavelmente levava o caminho da volta. Pisou no chão do vagão, este totalmente vazio e com uma aparência morta e vazia. Não havia ninguém a não ser uma figura no último banco, do outro lado de onde ele se encontrava. Era uma garota. De longe não era possível ver seus traços, mais seus cabelos caiam trançados até o fim das costas e toda sua pele do braço ao colo e rosto era de um branco gélido. Ela vestia um longo vestido florido e botas marrons muito surradas, como se ela tivesse caminhado muito. Suas pequena mão segurava um livro grosso, vermelho com um letreiro dourado e desgastado.Muito atraído pela garota que parecia caipira, mais era bonita ele foi se sentar do lado dela. Ela se amedrontou ao ver o estranho sentar ao seu lado de repente, com tantos outros lugares, mais seus olhos a contrariaram contemplando a beleza do rapaz. Era exatamente como os príncipes de seus livros de romance. Alto, moreno com traços perfeitos, parecia confiante e gentil. Percebendo como ela o olhava ele parou para admira-la também, e agora cada detalhe de seu rosto era visível e seus olhos eram redondos e expressivos.
- Posso sentar aqui? – Perguntou ele
- Já sentou. – Sorriu ela, que tinha uma voz grave mais muito delicada.
-Para onde vc está indo?
-Onde você vai? Os dois riram da coincidência de perguntarem ao mesmo tempo, e ela respondeu primeiro: - Na verdade eu não tenho ideia.
- Eu também não. Como veio parar aqui?
-Caminhando. Por impulso talvez, e você?
- A mesma coisa. Você tem nome menina do livro?
- Menina do livro? – riu ela
- É, eu meio que te denominei assim quando decidi puxar conversa com você.
- Esse é o meu favorito, Orgulho e Preconceito. Nunca saíria de casa sem ele. Me chamo Elise e você?
- Felix – disse ele, estendendo a mão para formalizar a apresentação.
- Porque decidiu se sentar aqui?...Felix
- Você me pareceu interessante.
- Interessante de um jeito legal ou só esquisito?
- Acho que os dois. Alguma coisa me atraiu pra me sentar aqui, do mesmo jeito que algo me atraiu para pegar esse trem.
Timidamente ela passou as mãos pela própria trança
-De onde você veio, Elise?
-De onde você nunca ouviu falar. – Falou ela e sorriu presunçosa.
A medida que os dois já estavam enlaçados em uma conversa era claro e transparente que pertenciam a mundos completamente diferentes. O garoto festeiro da cidade grande e a garota estranha da fazenda eram as últimas pessoas do mundo que poderiam ter algo em comum. Mais tinham. Ambos se sentiam solitários, perdidos, pressionados e também no fundo, incompletos. A noite ia passando e a cada minuto que passava Felix e Elise pareciam estar mais interligados, as mãos tinham se aproximado e já não desviavam o olhar um do outro. O trem já estava perto de parar na plataforma final que era a que se encontrava no coração da cidade. A plataforma final era o destino de Felix e mais que isso, era a quebra do encontro de almas. A medida que Elise sentiu o trem parando seu sorriso foi esmaecendo e o lugar que por poucas horas tinha sido palco dos seus sonhos se tornou escuro e sombrio, como se uma nuvem escura tivesse invadido sua visão.
Nesse momento ela desejou que todas as cenas que tinham vivido juntos no vagão fossem apenas parte de seus delírios de menina. Mais real ou não, ela sabia que os.dois tinham compartilhado aquela noite através de um olhar. Para sempre.
Inspiração: Don't stop believing
13 outubro 2010
Confessions of a (broken) heart

24 agosto 2010
Keep Trying

23 agosto 2010
Nothing, but a sad day

08 agosto 2010
this life will surprise you

I should like?

30 julho 2010
simple things

20 julho 2010
The truth about love

13 julho 2010
Is this real?

Eu não me encontrei exatamente no país das maravilhas. Alias muito pelo contrário, o que eu fiz foi me perder mais. Deitada na grama tão ilustramente verde, posso sentir o cheiro forte das flores que me cercam, são todas de um vermelho sangue intenso, da mesma cor do laço de fita que tenho nos cabelos. E é aqui nesse lugar em que só existe eu e eu mesma que vivo mais intensamente meus sonhos mais desconhecidos, aqui que eu posso imaginar tudo, sem jamais ser interrompida ou descoberta por nada nem ninguém que vá me levar de volta a realidade. Fecho os olhos e por mais que não queira minha imaginação me leva direto ao nosso reencontro. Nele estamos apenas eu e você em um lugar que conhecemos bem e a primeira coisa que acontece e que você me pega no colo e me envolve em um beijo longo, quase sem fim repleto de desejo e também de saudades, sentamos os dois e enquanto você acaricia meus cabelos, me sinto mais uma vez infinitamente segura e leve, mesmo tendo conhecimento que essa sensação não durará para sempre. E nem em sonho dura. Cansada de imaginar sabendo que continuo eu na minha e você na sua vida, tão distantes e também tão breves, meus pensamentos se voltam para minha infância. A felicidade, a ingenuidade que infelizmente se foram sem despedidas. Fui tão infantil de querer crescer rápido, me livrei das minhas bonecas muito antes que muitas crianças sem a menor pena e muito menos sem saber que hoje, tudo que eu queria era sentar e brincar. As bonecas são fáceis de lidar penso, elas sempre querem estar perto de você, sempre estão aonde você as deixou, nunca te abandonam sem dar explicações, te dão alegria facilmente. Apesar de não ter a menor noção do árduo caminho que me esperava no futuro, fui feliz na infância e não à toa ainda carrego um jeito sonhador e quase infantil de pensar porque ainda tenho muito que crescer e não tenho pressa. Não quero deixar de viver na fantasia, contos de fada existindo ou não são tão nítidos para mim que mesmo que a única certeza do meu destino continue sendo a incerteza, ainda acredito nos sonhos, no amor. Na minha cabeça as imagens continuam, passam aniversários, festas, presentes e risadas continuam a ecoar como uma música de fundo. A sensação é tão boa, que o filme continua a girar, cada vez mais rápido. Passam momentos, viagens, beijos, abraços, paixões, sorrisos, decisões e o inesperado sempre acompanhando. Esse é a grande palavra, a grande definição da minha vida: surpresa. Não adianta tentar adivinhar, prever, sentir. Não dá para saber as próximas cenas desse filme longo, e quaisquer que sejam elas, esteja você presente comigo ou não, eu tenho certeza, que com o tempo tudo virá para melhor, afinal sempre foi assim. Sinto algo que parece ser um pequeno chute na canela e abro os olhos com as pálpebras ainda formigando. Não há nada e nem ninguém a minha volta. Talvez tenha sido só o chamado da realidade.
09 julho 2010
wish you were here, with me.

Eu desacredito
14 junho 2010
I know you're leaving in the morning,

Sei que essa noite enquanto eu estiver me preparando para dormir, você não estará mais comigo. Porém aquela sensação de te ter comigo ainda não vai ter ido embora. Mais pela manhã, ah pela manhã será tudo diferente. Meu corpo acordará frio, minha boca seca, a vista da minha janela cinzenta como sempre e todo aquele encanto vai ter ficado para trás, com você. É provável até que eu precise de provas, de que não foi mais um sonho. E se nós nos encontrarmos de novo, o que vai acontecer? Só o próximo outono vai poder dizer...
13 junho 2010
All falls down
12 junho 2010
Hoje...

15 abril 2010
The heart wants what the heart wants .
